quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Sinal da Cruz

EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. AMÉM

A liturgia usa muito a linguagem dos sinais, dos gestos e das posições. O primeiro sinal e o mais importante conhecido é o Sinal da Cruz. Sinal este que hoje, muitas vezes, passa despercebido seu verdadeiro significado.

Façamos o sinal da cruz com a mão direita aberta, toque a testa com a ponta dos dedos, dizendo: "Em nome do Pai..." desça em linha vertical até a altura do estômago: “... e do Filho..." leve a mão ao ombro esquerdo: “... e do Espírito"..., leve a mão ao ombro direito e conclua: "Santo. Amém".

Ora, o gesto é para parecer uma Cruz, como o próprio nome diz. E a cruz é formada por uma haste vertical e uma haste horizontal, certo? O sinal da cruz de muita gente parece mais um espanador ou coisa que o valha. O indivíduo dá uma "espanada", umas "voltinhas" com a mão direita na frente do peito, depois de ter dado uma apontada com o indicador para cima, e depois termina dando um beijinho nos dedos ou tapinha na boca. Cristo não morreu pregado num espanador, mas numa Cruz. Não precisa dar "tapinha na boca" ou “beijar os dedos”!

O Sinal da Cruz é riquíssimo em significado. “Neste sinal está a salvação para todos os marcados na fronte” (Ap 7,3 e 14,1). Segundo santo Anastácio, “pelo sinal da cruz toda mágica cessa e toda feitiçaria não dá resultado”.

O Sinal da Cruz é o gesto mais profundo que fazemos. Por ele expressamos, anunciamos três verdades ou dogmas fundamentais da nossa religião: Santíssima Trindade, Encarnação e Redenção (Morte de Jesus Cristo). É o mistério do Evangelho em um momento. É a fé cristã resumida em um único gesto. Com nossas palavras, proclamamos a fé trinitária na qual fomos batizados e com a mão proclamamos nossa redenção pela cruz de Cristo. A cruz é o meio pelo qual somos salvos, pelo qual entramos em comunhão com a natureza divina (2Pd 1,4).

“Em Nome do Pai”, na testa – O mistério da Santíssima Trindade - no alto da cruz, o Pai; O Criador; O Onipresente e Onipotente
“... e do Filho”, no estômago - o mistério da Encarnação: o Filho de Deus desceu ao ceio da virgem Maria
“... e do Espírito Santo”, de um ombro a outro – a morte de Jesus na Cruz; nossa redenção através do Filho santificado pelo Espírito Santo.

“Pai, Filho e Espírito Santo”, remete a um relacionamento familiar! Um Deus que é uma família e que, através do Batismo, nos insere no seio desta família também. Ao fazermos o Sinal da Cruz, renovamos esta aliança iniciada no nosso Batismo.

Por isso, ao iniciarmos a missa, somos chamados a repetir este sinal, para nos lembrar que somos filhos de Deus, membros da Família Divina, e renovamos o juramento solene de nosso batismo.

Leituras para refletir... Depois, faça o Sinal da Cruz da seguinte forma:

“... Em Nome do Pai...” – leia Gn 1,1-26
“... e do Filho...” – leia Lc 1,31; 37-38
“... e do Espírito Santo...” – leia Lc 23,44-46 e 24,1-7

AMÉM!!!

- colaboração Ana Paula Salgado

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