segunda-feira, 30 de maio de 2011

História da Salvação (2a. Parte)

Jacó teve 12 filhos e foi habitar na região onde seu pai havia morado na terra de Canaã. Dentre os seus filhos encontrava-se José, o casula. (Gen 37) José é o protegido do pai e, por ter um dom especial, o de visões e interpretações de visões era invejado pelos irmãos. Esses vendem José aos mercadores que o levam para o Egito como escravo. José é vendido ao chefe da guarda do Faraó, por causa de José seus negócios prosperavam - José se recusa a dormir com a mulher deste, que lhe arma uma cilada - José vai para a prisão.
Na prisão José interpreta sonhos. O Faraó manda-o chamar para interpretar uma visão - sete anos de fartura e depois sete anos de seca - José vira primeiro ministro e passa a administrar a casa do Faraó, organizando-a na fartura para que nada faltasse nos tempos de seca.
Os irmãos de José vão até o Egito buscar mantimentos e ficam surpresos ao encontrar José, que os perdoa. José manda buscar seu pai Jacó para o Egito.

Das famílias que foram com Jacó para o Egito, gerações depois de José, nasce Moisés. (Exo 2)
(nascido - retirado das águas) (+/- 1.250 a.C.)
Em uma época onde o novo rei não tinha conhecido José. Este considerava os israelitas numerosos e fortes demais e passa-os a persegui-los. (Exo 1)
Moisés era hebreu, mas foi adotado pela filha do Faraó que o achou dentro de um cesto. Moisés conduz os israelitas a liberdade, na fuga do Egito. (Exo 2)
· As dez pragas do Egito (Exo 7-11)
· Fuga do Egito (o mar vermelho se abriu) (Exo 14)
· 40 anos no deserto (10 mandamentos (Exo 20) - construção do ídolo (Exo 32))
· A tradição considera Moisés como autor do Pentateuco, sem afirmar, entretanto, que ele o tenha composto inteiramente.

Continua... para enteder melhor Moisés e o início do povo hebreu leia postagem sobre o "Êxodo"(uma das primeiras postagens do Blog em 2009).

terça-feira, 24 de maio de 2011

História da Salvação (1a. Parte)

O Senhor Deus criou o céu e a terra... (Gen 1)
O Senhor Deus deu o sopro de vida ao homem, dando consciência ao primeiro homem (Adão) e a primeira mulher (Eva). Adão e Eva desobedecem (Pecado original) a Deus e são expulsos do paraíso. Adão conheceu Eva, sua mulher, ela concebeu e deu a luz a Caim e em seguida a Abel. Caim tinha inveja de Abel e o mata. Eva então tem mais um filho Set. Apesar do pecado de Caim, o Senhor Deus o expulsa de suas terras, mas o marca com um sinal para que ninguém o mate.

De Set temos 7 gerações até Noé.
Na época de Noé o mundo estava corrompido pela maldade humana, e Deus o manda junto dos seus filhos (Cam, Sem e Jafet) construírem uma arca para se salvar e a cada casal de animais de todas as espécies. Depois do dilúvio Deus faz uma aliança com Noé e com toda a sua posteridade.

De Sem temos 8 gerações até Abraão. (+/- 1850 a.C.)
Abraão era depositário das promessas da aliança do Senhor e merece ser chamado o pai dos crentes. Ele era pagão de origem, e foi guiado por Deus a deixar sua terra natal e se estabelecer na Palestina. Aí ele recebe as promessas divinas: Será o pai de um povo numeroso e abençoado. A aliança consistirá na fidelidade que o povo deverá guardar com Deus. A fim de testar sua fé, numa prova de excepcional importância, ele é chamado a entregar seu único filho Isaac ao Senhor, que através de um anjo impede o sacrifício. O Senhor o abençoou e disse: "Multiplicarei a tua posteridade como as estrelas do céu". Foi durante a vida de Abraão que Sodoma e Gomorra foram destruídas. (Gen 22)

Isaac tem 2 filhos, Esaú e Jacó (Gen 25).
Esaú era o primogênito e preferido, mas quando Isaac estava em seu leito de morte, Jacó engana o pai, com a ajuda da mãe, e recebe a benção que era de Esaú. Este jura Jacó de morte que foge de Bersábeia (Palestina) para Harã (Mesopotâmia). Durante o caminho Jacó dorme e sonha com o Senhor, que lhe diz: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão e o Deus de Isaac; darei a ti e à tua descendência a terra em que estás deitado... E promete abençoar a sua posteridade. Jacó fez então seu voto com Deus: Se Deus for comigo, se Ele me guardar e me der pão para comer e me fizer voltar em paz para casa paterna, então o Senhor será o meu Deus. (Gen 28) Apesar de Jacó ser um homem cheio de defeitos, é nele que se fixa a livre escolha de Deus e, é nele o elo que levará às gerações futuras a benção divina. Ele recebe um novo nome - Israel - e torna-se um homem novo.Esaú revoltado se casa com a casa de Ismael para contrariar a casa de Isaac. Anos depois, Jacó retorna e é perdoado por Esaú (Gen 33).

Continua... leia postagens anteriores (êxodo, exílio da Babilônia, Gênesis (os dois relatos da criação) e criacionismo ou evolucionismo)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Poder da Oração

Hoje pela manhã estava desanimado para rezar o meu terço, imediatamente me lembrei da oração de São Padre Pio que postei na quarta-feira no Blog. Pensei: “Fica comigo Jesus”, o resto obviamente não sei... mas minha mente, meu coração começaram a clamar e as preces surgiram naturalmente:

Fica comigo Jesus... nos dias que eu estou desanimado.
Fica comigo Jesus... quando olho para os outros.
Fica comigo Jesus... quando eu não sei o que fazer.
Fica comigo Jesus... quando vejo minha família.
Fica comigo Jesus... se estou triste.
Fica comigo Jesus... se estou feliz.
Fica comigo Jesus... em todos os momentos.
Fica comigo Jesus... quando clamo o teu espírito.
Fica comigo Jesus... quando eu preciso de amor.
Fica comigo Jesus... quando eu quero transmitir amor.
Fica comigo Jesus... se eu sorrio para alguém.
Fica comigo Jesus... em minha casa e com minha família.
Fica comigo Jesus... e olha os meus amigos.
Fica comigo Jesus... e mostra as minhas fraquezas.
Fica comigo Jesus... e me ajuda a corrigir.
Fica comigo Jesus... e me enche de sua força.
Fica comigo Jesus... e derrama seu Espírito Santo.
Fica comigo Jesus... quando sou pecador.
Fica comigo Jesus... quando eu pergunto Por que?
Fica comigo Jesus... Fica comigo Jesus... Fica comigo Jesus
Fica comigo Jesus... Fica comigo Jesus... Fica comigo Jesus

Uma boa forma de rezar... bom fim de semana a todos e que Deus abençoe.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Oração Padre Pio

Que a união da tua alma com Jesus Eucarístico seja luz que dissipa as trevas, a força que lhe sustenta e a única felicidade do seu coração. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Ficai comigo Senhor.
Porque vossa presença me é necessária para não vos ofender. Bem sabeis quão facilmente vos abandono.
Ficai comigo Senhor.
Porque sou fraco e preciso da vossa fortaleza para não cair tantas vezes.
Ficai comigo Senhor.
Porque sois a minha vida e sem vos me esmorece o fervor.
Ficai comigo Senhor.
Para me mostrardes vossa vontade.
Ficai comigo Senhor.
Porque desejo amar-vos muito e estar em vossa companhia.
Ficai comigo Senhor.
Se quiseres que eu vos seja fiel.
Ficai comigo Jesus.
Porque minha alma quão quanto seja paupérrima, todavia quer ser para vós uma habitação de consolação.
Ficai Senhor comigo.

Busco somente a vós, o vosso amor, a vossa graça, a vossa vontade, o vosso espírito.Porque vos amo e não penso em recompensa alguma se não o aumento do amor.Amar-vos com perfeição por toda a eternidade.
São Padre Pio, Rogai por nós.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Beatificação Irmã Dulce

Irmã Dulce conheceu o Papa João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá.
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce, teve uma vida peculiar. Começou a praticar caridade com 13 anos, entrou para o convento com 19 e dedicou todos seus 77 anos de trajetória à caridade. Prestes a ser beatificada – a cerimônia acontece no dia 22 de maio de 2011, em Salvador (BA).

10 curiosidades sobre seu apostolado

1 - Por causa de um enfisema pulmonar, Irmã Dulce viveu os últimos 30 anos da sua vida com a saúde abalada seriamente - tinha 70% da capacidade respiratória comprometida e chegou a pesar 38 quilos. Entretanto, nem mesmo a doença a impediu de construir e manter uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país. Morreu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos.
2 - Irmã Dulce foi uma criança cheia de alegria, adorava brincar com sua boneca inseparável Celica, empinar pipa e tinha especial predileção pelo futebol - era torcedora do Esporte Clube Ipiranga, time formado pela classe trabalhadora, o primeiro a romper com o perfil elitista do esporte baiano no início do século XX.
3 - Irmã Dulce começou a praticar caridade aos 13 anos, acolhendo mendigos e doentes em sua casa. Nessa época, sua residência ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’, tal o número de carentes que se aglomeravam no local. Quando entrou no Convento de Nossa Senhora do Carmo, aos 19 anos, escolheu o nome de Irmã Dulce (seu nome verdadeiro é Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes), em homenagem à mãe.
4 - Por causa do grande número de operários no bairro de Itapagipe, a religiosa criou, em 1936, a União Operária São Francisco - primeira organização operária católica do estado, que depois deu origem ao Círculo Operário da Bahia. O movimento era mantido com a arrecadação de três cinemas construídos por meio de doações - o Cine Roma, o Cine Plataforma e o Cine São Caetano. 5 - Para abrigar doentes que recolhia nas ruas, a religiosa chegou a invadir cinco casas na Ilha dos Ratos, em 1937. Expulsa do lugar, ela peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários lugares. Por fim, em 1949, ocupou um galinheiro ao lado do convento, com autorização da sua superiora, para abrigar os primeiros 70 doentes. Hoje, no local, está o Hospital Santo Antônio, o maior da Bahia.
6 - Em julho de 1979, Madre Teresa de Calcutá recebeu convite de Dom Avelar para ir a Salvador fundar uma casa da Ordem Missionária da Caridade, no bairro de Alagados. Irmã Dulce quis conhecer a famosa religiosa, que receberia o Prêmio Nobel da Paz naquele ano. Com dificuldades para manter as obras, devido à doença, Irmã Dulce chegou a oferecê-las para a colega.
7 - Em 1988, Irmã Dulce foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Ela não o venceu, entretanto teve o trabalho mais reconhecido. Quem levou a premiação foram as 'Forças de Paz das Nações Unidas' (conhecidas como 'Capacetes azuis'), pelos seus esforços a serviço da preservação da paz.
8 - Em sua segunda visita ao Brasil, em 20 de outubro de 1991, o Papa João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e ir ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante debilitada, no seu leito de enferma. Cinco meses depois da visita do Pontífice, os brasileiros chorariam a morte do 'Anjo bom da Bahia'. No velório, cerca de 50 pessoas desmaiaram e o cenário se dividiu entre pobres e grandes personalidades do país.
9 - Na exumação do seu corpo, em junho de 2010, os representantes do Vaticano e pessoas presentes se mostraram impressionados com a mumificação natural do corpo, 18 anos após a morte da religiosa. A exumação é a penúltima etapa do processo de beatificação. “A roupa estava conservada mesmo após 18 anos, apesar de um pouco escura. O semblante dela é muito sereno, não há odor”, disse a sobrinha e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, em entrevista à imprensa na época.
10 - No dia 22 de maio, Irmã Dulce será a terceira religiosa, natural do Brasil, a ser beatificada. No hall das beatas brasileiras, já temos Albertina Berkenbrock e Lindalva Justo de Oliveira. A única beata estrangeira, mas com missão no país, é a austríaca Bárbara Maix.

Crise de fé

Uma pesquisa feita em 24 países pela empresa IPSOS (29.04.11) confirma a crise de fé que vive a Europa. Na França, 39% dos entrevistados se declararam descrentes, não acreditam em Deus ou outro Ser superior.
É uma pena que uma civilização cristã que levou séculos para se formar, esteja caindo a este ponto. O ideal da obra “Cidade de Deus” (Santo Agostinho), onde reinaria a liberdade, a igualdade e a fraternidade em Cristo Jesus nunca foi alcançado.
A longa evangelização iniciada no século V, com a conversão do rei dos francos Clóvis e que faz nascer a França cristã, a “filha mais velha da Igreja”, se perdeu. Os franceses são os bárbaros francos que se tornaram cristãos. Os povos da Europa nada mais são do que tribos bárbaras de outrora que se tornaram cristãs e passaram a se respeitar, acabando com as guerras e os massacres.
Com Cristo e com a Igreja, passou-se a valorizar a vida, o amor ao próximo, o respeito mútuo. Foram preservadas as culturas (gregas, romanas e etc.), foram desenvolvidas as ciências, as leis internacionais, a sociedade, as escolas, as universidades, os hospitais e etc.. Enfim, o que somos hoje, a cultura de família, os valores morais foram adquiridos através de primícias desenvolvidas pela Igreja ao longo de muitos séculos.
Vemos que revoluções de ideias contrárias aos valores de cristo, Iluminismo e Marxismo, ainda nos dias de hoje estão ganhando seguidores, com correntes renovadas nas ideias de “Gramsci”, Teologia da Libertação ou mesmo na “Revolução do Gender” e “Nova Era”. Os cristãos terão que ficar atentos e preparados, pois caindo por terra os valores por séculos moldados poderemos ter novamente uma mudança na sociedade, com perseguições e aprovações de leis que ameaçam quem pensa diferente.
O Brasil, apesar de ser o país que mais se acredita em "Deus ou em um ser supremo" (84% da população, segundo a pesquisa), não escapa desta conspiração Marxista/Gramsci/Gender/Nova Era. Na surdina vemos movimentos de esquerda lentamente tomando conta de tudo (tanto PT como PSDB seguem a mesma cartilha do comunista italiano Gramsci). Na surdina, vemos o movimento GLBT (Revolução do Gender) tentando aprovar leis que obrigam o estado a considerar normais suas opções e mais obrigando as escolas a usar material didático com casais gays. Ainda mais, querem aprovar cotas gays e quem não concordar cana de 3 anos.
O cristão aprende a respeitar as diferenças, seja de credo ou outras escolhas. Deve amar a todos com amor ágape incondicionalmente, mas ser considerado homofóbico porque sua cultura diz não a “Ditadura do Relativismo” e afirma o que é evidente para todos: que o ser humano existe nos dois sexos, como homem e mulher. Por fim, está na hora de reagir e se preparar, os pais de família tem que dar o exemplo, se a mulher é a alma da casa, como já escrevi anteriormente, o homem é o líder, é quem os filhos vão seguir na postura. Cabe ao homem mostrar neste momento sua fé, ir a missa e levar sua família, aprofundar-se em conhecimento e oração, sendo seguido por seus filhos nesta postura de amor ao próximo e a Igreja.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Todas as gerações me chamarão bem-aventurada

Uma jovem mulher, uma prima idosa, um encontro que nos inspira a ajudar aos necessitados. "Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do meu Senhor? Pois assim que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas! . Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa" (Lc 1, 39-45.56).

Parece-me que muita gente, talvez ofuscada por histórias da Anunciação e do nascimento de Jesus, não percebe a maravilha e o sentido da visita de Maria à sua prima idosa, Isabel. Nesta comovente cena do Evangelho, Maria deu testemunho da bela virtude da caridade agindo por amor. No mesmo instante em que o anjo apareceu a Maria e pediu-lhe, em nome de Deus, para ser a mãe do Messias, disse também a Maria que sua prima idosa, Isabel, estéril em toda a sua vida de casada, estava grávida, e no sexto mês. Qual foi a resposta de Maria ao saber da notícia? Maria, segundo as palavras do anjo de Deus, era "cheia de graça, cheia de Deus”. Não ficou parada e disse: "Vou ser a mãe do Redentor, de modo que não posso visitar Isabel". Maria não agiu com orgulho ou egoísmo. Não "repousou nos louros", conforme dizemos, mas buscou Isabel por amor.

O amor levou Maria a agir. Ela deixou sua humilde casa e partiu para as montanhas, a fim de ficar com Isabel, que se preparava para dar à luz seu filho João, a quem conhecemos e veneramos como o Batista, o maior dos profetas.

A resposta de Maria ao mistério da Encarnação é levar imediatamente o amor de Deus a uma pessoa em necessidade. Isto é uma grande lição para nós. No início da Boa Nova vemos Maria, a primeira cristã, refletindo a verdade que seu Filho Jesus revelaria mais tarde: "Vim não para ser servido e sim para servir" (Mt 20,23). O poder da palavra de Deus, quando a deixamos penetrar profundamente em nosso coração e nossa mente, abre adiante de nós todas as oportunidades da vida para servir a Jesus, servindo aos outros em seu nome.

Há muito mais ainda na história da Visitação. O amor não saiu simplesmente do coração de Maria para o de Isabel. O amor, como o próprio Deus, envolveu Maria e Isabel naquele encontro, quando as duas se saudaram após a cansativa viagem de Maria.

Deixemos que o Espírito Santo mova a nossa imaginação ao meditarmos sobre o encontro de Maria e Isabel. Vemos Maria, jovem, vibrante e "cheia de vida" de um modo novo e muito real. E vemos Isabel, idosa, abençoada para além de suas mais extremas expectativas. Também "cheia de vida", de modo diverso do de Maria, mas igualmente tocada por Deus.

Neste domingo, vamos comemorar o dia das mães. Aproveite e convide Maria para visitar sua família, sua casa, sua mãe. Que o Espírito Santo mova a nossa imaginação e abra os nossos corações para este amor ágape, tornando nossas famílias abençoadas e abertas ao amor de Deus.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Eis aí a tua mãe (Beato Papa João Paulo II)

Pensando no que escrever, resolvi procurar algo que nosso querido Papa escreveu sobre a mãezinha. Afinal ele foi Beatificado (1o. de maio) no mês dela.

Depois de ter confiado João a Maria com as palavras: “Mulher, eis aí o teu filho!”, Jesus, do alto da cruz, dirige-se ao discípulo predileto, dizendo-lhe: “Eis aí a tua Mãe!” (Jo. 19, 26-27). Com esta expressão, Ele revela à Maria o vértice da sua maternidade: enquanto Mãe do Salvador, Ela é a mãe também dos remidos, de todos os membros do Corpo Místico do Filho.

A Virgem acolhe no silêncio a elevação a este máximo grau da sua maternidade de graça, tendo já dado uma resposta de fé com o seu “sim” na Anunciação.

Jesus não só recomenda a João que cuide de Maria com particular amor, mas confia-lhe para que a reconheça como a própria mãe.

Durante a última Ceia, “o discípulo a quem Jesus amava” escutou o mandamento do Mestre: ”Que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei” (Jo 15,12) e, reclinando a cabeça no peito do Senhor, recebeu d’Ele um singular sinal de amor. Essas experiências prepararam-no para perceber melhor, nas palavras de Jesus, o convite a acolher Aquela que lhe é dada como mãe e a amá-la como Ele com ardor filial. Oxalá todos descubram nas palavras de Jesus: “Eis aí a tua Mãe!”, o convite a aceitar Maria como mãe, respondendo como verdadeiros filhos ao seu amor materno.

À luz dessa entrega ao discípulo predileto, pode-se compreender o sentido autêntico do culto mariano na comunidade eclesial. Este, de fato, põe os cristãos na relação filial de Jesus com a Sua mãe, colocando-os na condição de crescerem na intimidade com ambos.
O culto que a Igreja presta à Virgem não é apenas fruto de uma iniciativa espontânea dos crentes, diante do valor excepcional da sua pessoa e da importância do seu papel na obra da salvação, mas baseia-se na vontade de Cristo.

As palavras “Eis aí a tua mãe!” exprimem a intenção de Jesus de suscitar nos discípulos uma atitude de amor e confiança para com Maria, conduzindo-os a reconhecer n’Ela a própria mãe, a mãe de todos os crentes.

Na escola da Virgem os discípulos aprendem, como João, a conhecer profundamente o Senhor e a realizar uma íntima e perseverante relação de amor com Ele. Descobrem, além disso, a alegria de se confiarem ao amor materno da Mãe, vivendo como filhos afetuosos e dóceis.

A história da piedade cristã ensina que Maria é a via que leva a Cristo, e que a devoção filial para com Ela nada subtrai da intimidade com Jesus; antes, a aumenta e a conduz a altíssimos níveis de perfeição.

Os inúmeros santuários marianos espalhados pelo mundo estão a testemunhar as maravilhas operadas pela Graça, por intercessão de Maria, mãe do Senhor e nossa mãe. Recorrendo a Ela, atraídos pela sua ternura, também os homens e as mulheres do nosso tempo encontram Jesus, Salvador e Senhor da vida deles.

Sobretudo os pobres, provados no íntimo, nos afetos e nos bens, ao encontrarem refúgio e paz junto da Mãe de Deus, redescobrem que a verdadeira riqueza consiste para todos na graça da conversão e do seguimento de Cristo.

O texto evangélico, segundo o original grego, prossegue: “Desde aquela hora o discípulo acolheu-a entre os seus bens” (Jo 19, 27) pondo, assim, em realce a pronta e generosa adesão de João às palavras de Jesus e informando-nos acerca do comportamento, por ele mantido durante a vida toda, como fiel guardião e dócil filho da Virgem.

A hora do acolhimento é a da realização da obra de salvação. Precisamente nesse contexto, têm início a maternidade espiritual de Maria e a primeira manifestação do novo vínculo entre Ela e os discípulos do Senhor.

João acolheu a Mãe “entre os seus bens”. Esta expressão bastante genérica parece evidenciar a sua iniciativa, cheia de respeito e de amor, não só de hospedar Maria em sua casa, mas sobretudo de viver a vida espiritual em comunhão com Ela. Com efeito, a expressão grega, literalmente traduzida “entre os seus bens”, não indica tanto os bens materiais, pois João, “como observa Santo Agostinho (In loan. Evang. tract. 119, 3)”, “não possuía nada”, quanto os bens espirituais ou dons recebidos de Cristo: a graça (Jo 1, 16), a Palavra (Jo 12, 48; 17, 8), o Espírito (Jo 7, 39; 14, 17), a Eucaristia (Jo 6, 32´58)… Entre estes dons, que lhe derivam do fato de ser amado por Jesus, o discípulo acolhe Maria como mãe, estabelecendo com Ela uma profunda comunhão de vida (cf. RM, 45, nota 130). Possa cada cristão, a exemplo do discípulo predileto, “receber Maria em sua casa”, dar-lhe espaço na própria existência quotidiana, reconhecendo o seu papel providencial no caminho da salvação.


Papa João Paulo II - L‘Osservatore romano, ed. port. n.19, 10/05/1997, pag. 12(216) – A Virgem Maria – 58 - Catequese.