segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Caminhamos na fé

Muitas pessoas, se não a maior parte delas, vão pela vida sem sequer se perguntarem o que Deus quer naquele momento. Outras, que já querem agradar a Deus, ficam muitas vezes perplexas e se perguntam: "Será que isto é de Deus? Como posso ter a certeza?" No entanto, esta pergunta mesma revela a mais comum incompreensão de como Deus nos guia: as pessoas esperam ter a certeza da direção de Deus.É que há uma contradição básica entre "ter a certeza" e "ter fé". "Ter a certeza" elimina a necessidade de ter fé e a fé é indispensável à vida cristã. "Mas sem fé é impossível agradar a Deus: pois quem se aproxima de Deus deve crer que ele existe e recompensa os que o procuram" (Hb 11,6).
A maioria dos cristãos não quer caminhar pela fé, mas pela certeza. Deus, porém, determinou que caminhemos pela fé e não pela certeza. Quando as pessoas dizem: "Mas não estou certo do que Deus quer que eu faça", a resposta é: "Se você pudesse estar certo, não lhe exigiria nenhuma fé. Deus não deixará que você fique totalmente seguro.” Isto significa que embora Deus nos guie certamente sua direção normalmente não é tão explícita ou detalhada que não tenhamos que exercer a fé ao segui-la. A essência da direção consiste em receber de Deus impressões sutis e em seguida agir na fé, de acordo com essas impressões, confiantes de que são de Deus.
Deus nos dirige deixando pingar seus pensamentos no meio dos nossos - e não trovejando em nossos ouvidos ou atingindo-nos com raios do céu. Convém reconhecermos que temos um importante problema em aplicar a Sagrada Escritura em nossas vidas. Porque tendemos a olhar Bíblia e os personagens bíblicos em tamanho aumentado. Falamos de São João, de São Paulo. Damos seus nomes às nossas cidades, às nossas ruas, às nossas igrejas, aos nossos filhos. Contemplamos com admiração as obras de grandes artistas que os pintaram com auréolas sobre suas cabeças e pensamos: "Deus deve ter tratado com eles de maneira única". Numa palavra, consideramos Pedro, Paulo, os discípulos e outros heróis da fé como "super santos".Se quisermos compreender o tratamento que Deus nos dá precisamos corrigir essa visão distorcida. Os apóstolos eram pessoas comuns, como nós. Passaram pelas mesmas tentações e lutaram contra a mesma natureza humana rebelde. Foram salvos pela graça de Jesus Cristo da mesma maneira que nós. Receberam o poder e a direção do mesmo Espírito Santo, que quer nos dar poder e direção da mesma forma dinâmica.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

No mundo tereis tribulação

E Jesus tinha dito: "no mundo tereis tribulações", acabado, nada de surpresas. Jesus, já tinha nos dito que teríamos tribulações, estão elas aí. Mas, Jesus também disse: "mas em mim tereis paz". Então, no mundo de tribulações, no nosso interior a paz de Jesus, pois nós estamos com Ele e Ele está conosco. Nós temos uma liberdade de espírito, apesar de tudo, uma confiança, uma coragem, que vai vencer as piores dificuldades.
A marca de maturidade cristã é alegrar-se na atribulação. O combate espiritual é uma grande oportunidade para exemplificar o caráter de nosso Senhor.
Esse caráter de nosso Senhor é que o Espírito Santo está habitando em nós, portanto, em primeiro lugar vamos agir e devemos agir, segundo o caráter do Senhor. Quer dizer, agir no poder do Espírito Santo, no poder de Deus, no poder dos dons do carisma que ele nos dá.
E assim, quando nós exercemos esse Dom de que nós agimos segundo Jesus, o Pai do céu olha de cima e diz: Ah, essa é minha filha, esse é meu filho, está vendo é assim, como ele falou ao diabo, quando falou de Jó: Ah, você vem lá da terra. Ah, você viu lá o meu filho Jó, que maravilha.
Assim, ele olha para nós e vai dizer: Poxa, esse é meu filho, esta é minha filha, e ele se orgulha de nós, se é que Deus se orgulha. E assim, o diabo é derrotado diante de um filho de Deus, quando este toma a sério a palavra do Pai Celestial, e caminha na fé, por mais dura que seja a provação.
Encarar a obediência, em submissão a Jesus, é destruir a vontade e as obras de Satanás e demonstrar a bondade e a glória de Deus.

“Senhor, nós vos agradecemos porque vós desdobrais os vossos horizontes diante de nós. E nós podemos contemplar o infinito, que nos espera, essa beleza da liberdade dos filhos de Deus. E saber, que por mais que sejamos cercados pelas circunstâncias adversas, nós temos dentro de nós a infinitude do vosso amor, de vossa paz, de vossa alegria e de vossa presença. Muito obrigado Senhor, glória a Vós Senhor”. Amém.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Debaixo da provação

Em Hebreus no capítulo 12, nós vimos Deus, como Pai amoroso, que vai modelando e nos moldando pela disciplina para a perfeição. Ele está empenhado, nosso Pai, em fazer de nós seus filhos maravilhosos.Nós não estamos empenhados como ele. E talvez, daí venham as nossas dificuldades, nós gostaríamos que ele já nos colocasse na perfeição, maravilhosos, sem que precisássemos passar pelo processo da provação. Nós gostaríamos de estar ali sentados, ou quem sabe, deitados numa rede, entre dois coqueiros, com uma "aguinha de côco" geladinha, dois canudinhos, ouvindo o som das ondas nos embalando, e o vento passando por nossos cabelos, acariciando-lhes. Enquanto Deus "dá duro".Temos que aprender a ter disciplina, somos indisciplinados, somos desordenados, temos que aprender a ter ordem, temos potencialidade para isso, e nós só vamos nos desenvolver mediante o exercício dessas potencialidades.
Nós temos que fazer, temos que enfrentar, ser corajosos. Então, quando nós estivermos durante um tempo debaixo das provações, primeiro temos que saber de Deus, se tal provação tem um propósito, ou não.
Porque toda provação, que vem de Deus, tem um propósito, nos tornar cada vez mais perfeitos e melhores. Quando São Paulo pediu ao Senhor a remoção daquele espinho, na 2ª Carta aos Coríntios, capítulo 12, o Senhor lhe dá graça e paz, para aceitar o sofrimento, a provação, como gerador de humanidade para Paulo, para que ele não se enchesse de soberba. E você como reagiria se Deus lhe desse uma resposta semelhante, na sua provação?
Leia em Hebreus 12, e pergunte a Deus à luz dessa passagem o que você deve aprender na provação, como é que você pode crescer à luz dessa provação? Isso se o seu sofrimento lhe vem de Deus, quer dizer, se é para o seu aperfeiçoamento. Há sofrimentos que são abusos do inimigo. Então se é um sofrimento desnecessário, nesse sentido, ou se você está passando por uma hostilização do inimigo, você tem a autoridade para repreendê-lo, por uma ordem direta.
Então procure um grupo de aconselhamento, de discernimento, também de outras pessoas próximas de você, que possam discernir a finalidade de Deus, mais claramente, dentro do sofrimento e não se deixe levar pela auto-piedade. Corte toda a auto-piedade.
A auto-piedade é a derrota certa para você, transforme-a em triunfo. Ao invés da auto-piedade, você pode decidir agradecer a Deus pela provação e louvá-lo pelo seu plano de amor, que inclui esta provação. Ele vai derramar sobre você a graça do crescimento espiritual. Você pode precisar aqui ser prático. Deus é muito prático.
Então, nós temos que decidir, de forma prática, tomar os passos específicos, para restaurar um relacionamento que pode estar tenso, ou procurar um aconselhamento, por uma fraqueza emocional nossa, antiga, que pode e deve ser curada. Não se deixe paralisar pela auto-piedade, nunca.Você tem que estar ancorado em Deus, São Paulo diz que a esperança é como uma âncora. Então lance a sua âncora, a âncora da sua alma, nos atributos firmes, nos atributos infalíveis de Deus. Veja a escritura, aprenda ou reveja o que ela diz sobre o caráter de Deus, e reafirme a bondade de Deus, o amor de Deus e entre em contato com ele pela oração, pelo louvor. O amor de Deus é infalível, sempre está disposto para perdoar e restaurar seus filhos. Como na parábola do filho pródigo, o filho voltou sujo e cheirando mal, e o pai estava lá na beira da estrada, esperando ele voltar, e quando ele chegou perto, mesmo sujo e cheirando mal, o pai diz: "vamos fazer uma festa, porque meu filho que estava perdido voltou!"

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Apocalipse

O Apocalipse foi escrito entre o ano 90 e 100 d.C.. Era uma época de perseguição, onde a escola do império romano ensinava que o imperador era o Senhor do mundo (Ap 13, 4.14). Os cristãos diziam o contrário: “Jesus é o Senhor dos Senhores!” (Ap 17,14; 19,16). E não era só isso, o império tinha seus deuses e era em nome destes falsos deuses que o imperador se declarava Senhor do mundo, todos deviam prestar-lhe culto, deste modo, conseguiu montar um sistema que controlava a vida do povo (Ap 13, 16-17), explorando o pobre para aumentar o luxo dos poderosos (Ap 18, 3.9, 16).
Enquanto isso, para os cristãos, Deus era um só, Pai de todos, então todos se tornavam irmãos Nele. Por isso, em nome da fé, procuravam colocar em comum os seus bens (At 4,32). Diziam que todos eram iguais e condenavam os ricos que exploravam os trabalhadores. Por causa das diferenças recusavam-se a apoiar o sistema injusto do império romano (Ap 18, 4).
O conflito estava aberto, pois o novo regime pregado pelos cristãos ameaçava o sistema do império e, de fato, uns trinta anos depois da morte de Jesus o imperador Nero decretou a primeira grande perseguição, por volta de 64, foi o início dos tempos difíceis.
Depois da morte de Nero, os cristãos tiveram um tempo de paz, mas que não era completa, pela ameaça que eram ao sistema do império. Por isso, em torno do ano 90, o imperador Domiciano decretou nova e mais violenta perseguição, com torturas para que os cristãos abandonassem a fé.
Foi para esse povo sofrido, das pequenas comunidades, espalhadas pelo império romano, sobretudo na Ásia Menor, que João escreveu o Apocalipse. Como hoje, também naquele tempo havia os fracos e os pobres que continuavam firmes na fé e na luta. Havia os que estavam perdidos, sem enxergar o rumo. Havia os que misturavam as coisas, sem entender direito o sentido. Todos perseguidos! Todos precisando de uma palavra de esclarecimento, de conforto e de coragem.
Apocalipse é uma palavra que vem do grego. Quer dizer revelação. O véu que separava, que não separa mais, pois foi revelado. A luz outrora apagada, que agora brilha. Esta é a Boa Nova que o Apocalipse quer revelar ao povo das comunidades: “O tempo está próximo!” (Ap 1, 3). Dentro do tempo da história, marcado pelas perseguições, existe o tempo de Deus, a hora de Deus, o plano de Deus. E é a esperança, na vinda desse tempo, que vem para libertar, que o povo é chamado a se apegar.
Por isso, o Apocalipse é antes de tudo, uma mensagem de conforto e de esperança para um povo em crise, ameaçado na sua fé por causa das mudanças e das perseguições. O Apocalipse, com todo o simbolismo, com a materialidade das visões para o seu significado aplicado, quer ajudar o povo a encontrar-se, novamente, com Deus, consigo mesmo e com a sua missão. Quer animá-lo a não desistir da luta e armá-lo melhor para o combate.
Qualquer interpretação do Apocalipse feita para meter medo ou para aumentar o desânimo deve ser considerada como errada e falsa, fugindo ao contexto histórico no qual ele foi elaborado e inspirado.

Luiz Felipe

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O que diz a história da Igreja sobre sucessão apostólica?

Se estamos falando a verdade, devemos obrigatoriamente encontrar na história da Igreja, provas de que a Sucessão Apostólica realmente existia. Caso contrário estaremos somente especulando sobre o que realmente existia na Igreja primitiva, como faz atualmente o protestantismo.
Vamos ver agora se encontramos na história da Igreja alguma prova da existência da sucessão dos apóstolos:
Clemente de Roma, o 4º Bispo de Roma na sucessão de São Pedro, em sua primeira carta aos Coríntios (90 D.C) escreve: "42. Os apóstolos receberam do Senhor Jesus Cristo o Evangelho que nos pregaram. Jesus Cristo foi enviado por Deus. Cristo, portanto vem de Deus, e os apóstolos vêm de Cristo. As duas coisas, em ordem, provêm da vontade de Deus. Eles receberam instruções e, repletos de certeza, por causa da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, fortificados pela palavra de Deus e com plena certeza dada pelo Espírito Santo, saíram anunciando que o Reino de Deus estava para chegar. Pregavam pelos campos e cidades, e aí produziam suas primícias, provando-as pelo Espírito, a fim de instituir com elas bispos e diáconos dos futuros fiéis. Isso não era algo novo: desde há muito tempo, a Escritura falava dos bispos e dos diáconos. Com efeito, em algum lugar está escrito: 'Estabelecerei seus bispos na justiça e seus diáconos na fé' (Is 60,17)"
"44. Nossos apóstolos conheciam, da parte do Senhor Jesus Cristo, que haveria disputas por causa da função episcopal. Por esse motivo, prevendo exatamente o futuro, instituíram aqueles de quem falávamos antes, e ordenaram que, por ocasião da morte desses, outros homens provados lhes sucedessem no ministério.”
Vejam que desde o início do Cristianismo já se sabia que os Bispos da Igreja são os sucessores dos Apóstolos. Temos uma prova clara de que a Sucessão dos Apóstolos tinha como objetivo perpetuar o ministério dos Apóstolos, já que a Igreja deveria permanecer ainda na terra durante séculos.
Portanto, ninguém pode ser intitular Bispo, se não tiver recebido as sagradas ordens através da legítima sucessão dos Apóstolos; e ninguém pode se intitular pastor da Igreja se não tiver recebido a sagrada ordem pelas mãos de um legítimo Bispo.A Igreja Apostólica é como um rio, que possui sua nascente na sucessão dos Apóstolos. É do Colégio dos Apóstolos que a Igreja possui a sua origem, segundo designo do próprio Cristo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O que é Igreja Apostólica?

Hoje em dia está na moda nas novas seitas protestantes adicionarem o adjetivo "apostólica" aos seus nomes. Mas será que toda igreja é apostólica? Será que toda igreja tem que ser apostólica? Será toda "igreja" pode adotar para si o adjetivo "apostólica", sem detrimento de seu real significado?

O Ensinamento da Igreja Católica
O Catecismo da Igreja Católica ensina: "Para que a missão a eles [aos apóstolos] confiada fosse continuada após sua morte de Jesus, confiaram a seus cooperadores imediatos, como que por testamento, o encargo de completar e confirmar a obra iniciada por eles, recomendando-lhes que atendessem a todo o rebanho no qual o Espírito Santo os instituíra para apascentar a Igreja de Deus. Constituíram, pois, tais varões e administraram-lhes, depois, a ordenação a fim de que, quando eles morressem outros homens íntegros assumissem seu ministério."
"Assim como permanece o encargo que o Senhor concedeu singularmente a Pedro, o primeiro dos apóstolos, a ser transmitido a seus sucessores, da mesma forma permanece todos Apóstolos de apascentar a Igreja, o qual deve ser exercido para sempre pela sagrada ordem dos Bispos." Eis por que a Igreja ensina que "os bispos, por instituição divina, sucederam aos apóstolos como pastores da Igreja, de sorte quem os ouve, ouve a Cristo, e quem os despreza, despreza a (aquele por quem Cristo foi enviado".
Os protestantes em contrapartida alegam que nunca houve sucessão apostólica, e que a Igreja Apostólica é simplesmente aquela fiel á doutrina bíblica. Afirmam ainda que a reunião dos fiéis constitui a Igreja.

O que ensina a Bíblia?

A Bíblia ensina que Nosso Senhor Jesus Cristo, deu o governo da Igreja aos Santos Apóstolos: "Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e, quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou" (Lc 10, 16). Aqui vemos o testemunho da autoridade dos apóstolos sobre toda a Igreja, dada pelo próprio Cristo.A Bíblia dá testemunho de que os apóstolos claramente escolheram sucessores que, por sua vez, possuíram a mesma autoridade de ligar e desligar. A substituição de Judas Iscariotes por Matias (cf. At 1,15-26) e a transmissão da autoridade apostólica de Paulo a Timóteo e Tito (cf. 2 Tm 1,6; Tt 1,5) são exemplos de sucessão apostólica.Além destes exemplos claros há também os implícitos como o caso de Apolo. Apolo era um Judeu natural de Alexandria que conhece o verdadeiro Evangelho em Éfeso (cf. At 18,24-28). A Bíblia diz que Apolo foi levado aos discípulos de Cristo que se encontravam em Corinto (cf. At 19,1).
São Paulo ao escrever sua primeira carta aos cristãos de Corinto faz menção de Apolo, vejam: "Pois acerca de vós, irmãos meus, fui informado pelos que são da casa de Cloé, que há contendas entre vós. Refiro-me ao fato de que entre vós se usa esta linguagem: 'Eu sou discípulo de Paulo; eu, de Apolo, eu, de Cefas; eu, de Cristo" (1Cor 1,11-12).
Bem, sabemos de onde surgiu Apolo e que ele foi enviado a Corinto, mas o que ele está fazendo na Igreja de Corinto? São Paulo continua: "Pois que é Apolo? E que é Paulo? Simples servos, por cujo intermédio abraçastes a fé, e isto conforme a medida que o Senhor repartiu a cada um deles: eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem faz crescer" (1 Cor 3,5-6).
Notaram? São Paulo fundou a Igreja em Corinto, mas quem cuidava desta Igreja era Apolo, era ele que no dizer no Apóstolo, regava, isto é cuidava da Igreja. Apolo era então o Bispo de Corinto, instituído pelos apóstolos. Apesar das palavras do apóstolo serem claras, isso explica porque os cristãos de Corinto, ao criar um partido, escolheram o nome de Apolo, que era o líder daquela comunidade, isto é, o Bispo.O episcopado de Apolo fica ainda mais claro, nas seguintes palavras de São Paulo:"Portanto, ninguém ponha sua glória nos homens. Tudo é vosso: Paulo, Apolo, Cefas (Pedro), o mundo, a vida, a morte, o presente e o futuro. Tudo é vosso! Mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus. Que os homens nos considerem, pois, como simples operários de Cristo e administradores dos mistérios de Deus" (1Cor 3,21-22; 4,1).Vimos que a Sagrada Escritura ao contrário do que ensinam os "entendedores da Bíblia", não nega a existência da Sucessão dos Apóstolos, como meio de perpertuar de forma segura o ministério dos Apóstolos, ao contrário, ela confirma isso.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O "Evangelho de Judas”

Entrevista com o Padre Thomas Williams, Decano de Teologia
ROMA, quinta-feira, 6 de abril de 2006 - "National Geographic" anunciou sua intenção de publicar uma tradução em vários idiomas de um antigo texto chamado "O Evangelho de Judas". O manuscrito de 31 páginas, escrito em copta, encontrado em Genebra em 1983, não aparece até agora traduzido nas línguas modernas. Foi pedido ao padre Thomas D. Williams, decano da Faculdade de Teologia da Universidade Regina Apostolorum, em Roma, que comente a importância desta descoberta.

O que é o Evangelho de Judas?
- Padre Williams: Mesmo que o manuscrito ainda deva ter autenticação, provavelmente é um texto do século IV ou V, uma cópia de um documento anterior, redigido pela seita gnóstica dos Cainitas.
O documento apresenta Judas Iscariotes de maneira positiva e o descreve obedecendo à ordem divina de entregar Jesus às autoridades para a salvação do mundo. Pode ser uma cópia do "Evangelho de Judas" citado por Santo Irineu de Lyon em sua obra "Contra as heresias", escrita em torno do ano 180.

Se é autêntico, supõe algum desafio à fé da Igreja Católica? Abalará as bases do cristianismo, como sugerem algumas notas de imprensa?
- Padre Williams: Certamente não. Os evangelhos gnósticos - há muito outros - não são documentos cristãos em si, já que procedem de uma seita sincretista que incorporou elementos de diferentes religiões, incluindo o cristianismo. Desde o momento de sua aparição, a comunidade cristã rejeitou estes documentos por sua incompatibilidade com a fé cristã. O "Evangelho de Judas" seria um documento deste tipo, que teria grande valor histórico, já que contribui a nosso conhecimento do movimento gnóstico, mas não supõe nenhum desafio para o cristianismo.

É verdade que a Igreja tentou encobrir este texto e outros documentos apócrifos?
- Padre Williams: Estas são invenções lançadas ao público por Dan Brown, o autor de “O Código Da Vinci”, e outros autores que apóiam a teoria da conspiração. Você pode ir a qualquer livraria católica e obter uma cópia dos evangelhos gnósticos. Os cristãos não crêem que sejam verdadeiros, mas não há nenhum intento de escondê-los.

Mas não crê que um documento assim põe cheque as fontes cristãs, em particular os quatro evangelhos canônicos?
- Padre Williams: Recorde que o gnosticismo surgiu em meados do século II, e o "Evangelho de Judas", se autêntico, provavelmente remonta ao final do século II. Seria como se eu me pusesse a escrever agora um texto sobre a Guerra Civil dos Estados Unidos e o apresentasse como uma fonte histórica primária dessa Guerra. O texto poderia não ter sido escrito por uma testemunha presencial, como ao contrário o são ao menos dois dos evangelhos canônicos.

Por que os militantes no movimento gnóstico estavam tão interessados em Judas?
- Padre Williams: Uma das maiores diferenças entre as crenças gnósticas e o cristianismo refere-se às origens do mal no universo. Os cristãos crêem que um Deus bom criou um mundo bom, e que pelo abuso do livre arbítrio, o pecado e a corrupção entraram no mundo e produziram desordem e sofrimento. Os gnósticos atribuem a Deus o mal no mundo e afirmam que criou o mundo de um modo desordenado. Por isto, são partidários da reabilitação de figuras do Antigo Testamento como Caim, que matou seu irmão Abel, e Esaú, o irmão mais velho de Jacó, que vendeu seus direitos de primogenitura por um prato de lentilhas. Judas entra perfeitamente na visão gnóstica que mostra que Deus quer o mal do mundo.

Mas não crê que a traição de Judas foi um elemento necessário do plano de Deus, como sugere o texto, para que Cristo desse sua vida pelos homens?
- Padre Williams: Sendo onisciente, Deus conhece perfeitamente nossas eleições, tem em conta inclusive nossas decisões equivocadas em seu plano providencial para o mundo. Em seu último livro, "Memória e identidade", João Paulo II refletiu eloqüentemente sobre como Deus segue obtendo o bem inclusive do pior mal que o homem possa produzir. Isto não significa, contudo, que Deus deseje que façamos o mal, ou que buscava que Judas traísse Jesus. Se não tivesse sido Judas, teria sido outro qualquer. As autoridades haviam decidido que Jesus devia morrer e era já só questão de tempo.

Qual é a posição da Igreja com respeito a Judas? É possível "reabilitá-lo"?
- Padre Williams: Ainda que a Igreja Católica conta com um processo de canonização pelo qual declara que algumas pessoas estão no céu, como os santos, não prevê um processo deste tipo para declarar que uma pessoa está condenada. Historicamente, muitos pensaram que Judas está provavelmente no inferno, devido ao severo juízo de Jesus: "Teria sido melhor para este homem não ter nascido", pode-se ler no Evangelho de Mateus (26, 24). Mas inclusive estas palavras não são uma evidência concludente com respeito a sua sorte. Em seu livro de 1994 "Cruzando o limiar da esperança", João Paulo II escreveu que estas palavras de Jesus "não aludem à certeza da condenação eterna".

Mas se há alguém que merece o inferno, não seria Judas?
- Padre Williams: Seguramente muita gente merece o inferno, mas devemos recordar que a graça de Deus é infinitamente maior que nossa debilidade. Pedro e Judas cometeram faltas parecidas: Pedro negou Jesus três vezes, e Judas o entregou. E agora Pedro é recordado como um santo e Judas simplesmente como um traidor. A principal diferença entre os dois não é a natureza ou gravidade de seu pecado, mas sim a vontade de aceitar a graça de Deus. Pedro chorou seus pecados, voltou a Jesus, e foi perdoado. O Evangelho descreve Judas enforcando-se desesperado.

Por que está despertando tanto interesse o "Evangelho de Judas"?
- Padre Williams: Estas teorias sobre Judas não são certamente novas. Basta recordar a ópera rock em 1973, "Jesus Cristo Superstar", na qual Judas canta "Realmente não vim aqui por minha própria vontade", ou a novela de Taylor Caldwel de 1977, "Eu, Judas". O enorme êxito financeiro de "O Código da Vinci" abriu sem dúvida a caixa de Pandora e deu incentivos monetários a teorias deste tipo. Michael Baigent, autor de "Sangue Santo, Santo Graal", agora escreveu o livro "The Jesus Papers" (Os documentos de Jesus), no qual recicla a velha história de que Jesus sobreviveu à crucifixão. E um novo estudo "científico" recém-publicado afirma que as condições meteorológicas poderiam ter feito que Jesus caminhasse sobre um pedaço de gelo flutuante no Mar da Galiléia, quando o Evangelho diz que caminhava sobre as águas. Basicamente, para quem rejeita taxativamente a possibilidade dos milagres, qualquer teoria, por estranha que possa ser, é melhor que as afirmações cristãs.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Itália defende sua fé

Oi pessoal,
Para todos os que eu mandei a matéria que havia saído no blog Caminho do Céu (dia 5 de Novembro), sobre a ordem do Tribunal Europeu de retirada de crucifixos dos espaços públicos daquele país, segue a reação italiana. Uma lição de fé, de preservação de sua cultura e de soberania política!!!
Bjs, Angela

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Itália: “Esta é a resposta ao juiz turco de Estrasburgo!”

“Oh, bella Italia! A Itália mostra aos imbecis europeus com quantos paus se faz uma canoa” – esclareceu o BLOG ‘Fakten Fiktionen’ na quinta-feira:
“Esta é a resposta ao Juiz turco de Estrasburgo!”.
O prefeito de San Remo (noroeste da Itália), Maurizio Zoccarato, está colocando uma cruz de dois metros no prédio da prefeitura e, ao mesmo tempo, exigiu que todos os diretores de escolas coloquem cruzes nas salas de aula.
Em toda a Itália inicia-se uma competição para mostrar isso aos juízes de Estrasburgo.
Na cidade de Busto Arsizio, perto de Milão, a administração municipal hasteou as bandeiras da União Européia em frente aos prédios oficiais a meio mastro.
Um enorme crucifixo está resplandecendo há pouco tempo diante da fachada do Teatro Bellini de Catania, na Cicília.
Inúmeras comunidades italianas encomendaram novas cruzes para as suas escolas.
A cidade Sassuolo na província de Modena no norte da Itália encomendou cinqüenta novos crucifixos. Eles deverão ser pendurados em todas as salas de aula em que ainda não houver algum.
O Ministro da Defesa Ignazio La Russa abordou o tema da defesa nacional espiritual em uma discussão de TV: “Todas as cruzes devem permanecer penduradas e os opositores da cruz que morram, juntamente com essas instituições aparentemente internacionais!”
A comunidade Montegrotto Terme com 10.000 habitantes – onze quilômetros a sudoeste de Pádua – anuncia em placas de néon: “Noi non lo togliamo” – Não vamos ceder.
O prefeito da cidade de Treviso no noroeste da Itália resumiu a situação muito bem: “Encontramo-nos no reino da demência, essa é uma decisão, que clama por vingança. O tribunal deve processar a si mesmo pelo crime que cometeu!”
O prefeito de Assis sugeriu que além dos crucifixos fossem colocados também presépios nas salas de aula.
O prefeito da cidade de Trieste esclareceu que tudo permaneceria do jeito que está.
A Câmara de Comércio romana pediu que as lojas pendurassem crucifixos.
Na comunidade Abano Terme – onde mora a ateísta militante finlandesa que reclamou do crucifixo – haverá protestos amanhã em frente das escolas a favor da Cruz de Cristo.
O prefeito de Galzignano Terme na província de Pádua, Riccardo Roman, ordenou colocação imediata de cruzes em todos os edifícios públicos – não somente escolas, mas também na Prefeitura e museus.
Dentro de duas semanas a polícia irá conferir se a ordem foi obedecida, caso contrário haverá uma multa de 500 Euros.
O autor de ‘Fakten Fiktionen’ está maravilhado: “Bravo! Vou descansar alguns dias lá no ano que vem! Deve valer à pena!”
O Prefeito Maurizio Bizzarri da comunidade de Scarlino na Toscana do sul impôs uma multa de 500 Euros para aqueles que retirarem uma cruz dos prédios públicos.
Na cidade Trapani no extremo oeste da Cecília o Presidente e o assessor do governo da província encomendaram 72 cruzes com recursos próprios.
Na cidade de Neapel apareceu uma pixação que dizia: “Se arrancar a cruz, eu arranco a tua mão fora!”
‘Fakten Fiktionen’ se dá por vencido: “Lamento, preciso parar, mas parece que não existe nenhuma cidade sem resistência.”

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Não sei quanto a vocês que compartilham comigo deste Blog, mas tenho que procurar uma "Cruz" para colocar na porta da minha casa. Que o Nosso Senhor Jesus Cristo seja louvado!
Felipe

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Europa trocou crucifixos por abóboras, diz Cardeal Bertone

"Uma verdadeira perda". Assim o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone, considera a decisão do tribunal Europeu de Direitos do Homem, publicada na terça-feira, 3, que exige a retirada dos crucifixos nas escolas da Itália. O cardeal lamentou que a Europa troque seus "símbolos mais queridos" pelas "abóboras" do Halloween.
A decisão do Tribunal Europeu define a presença do crucifixo nas escolas como uma violação da liberdade religiosa dos alunos e como contrária ao direito dos pais de educarem os filhos segundo as suas convicções.
Após ter manifestado o seu descontentamento pela iniciativa do governo italiano, que anunciou recurso contra a decisão, o Secretário de Estado do Vaticano sublinhou que o crucifixo é "símbolo do amor universal, não de exclusão, mas de acolhimento". "Pergunto-me se esta sentença é sinal de razoabilidade ou não", indagou.
E concluiu exortando que "devemos procurar conservar, com todas as nossas forças, os sinais da nossa fé, para quem crê e para quem não crê".
Na sua edição desta quinta-feira, 5, do "L'Osservatore Romano", além das declarações do Cardeal Bertone, apresenta um artigo sobre a decisão do Tribunal de Estrasburgo, considerando que a mesma não reconhece "a importância do papel das religiões na construção da identidade europeia e na afirmação da centralidade do homem na sociedade".
"A decisão dos juízes de Estrasburgo, por outro lado, parece inspirada numa ideia de laicidade do Estado que leva a marginalizar o contributo das religiões na vida pública", acrescenta o artigo do jornal do Vaticano.

"Surpreende que uma corte europeia intervenha de um modo tão profundo em uma matéria fundamentalmente ligada à identidade histórica, cultural e espiritual do povo italiano", continuou o representante da Santa Sé, acrescentando que "não é por este caminho que se atrai a amar e compartilhar mais a ideia europeia, que como católicos italianos, defendemos firmemente desde as suas origens. A religião da uma contribuição preciosa à formação e ao crescimento moral das pessoas, e é um componente essencial da nossa civilização", completou.
Entretanto, o governo italiano informou que vai recorrer da decisão. A ministra da Educação, Mariastella Gelmini, alegou que o crucifixo é um símbolo da tradição do país: "Ninguém quer impor a religião católica, muito menos com o crucifixo".
O ministro de Relações Exteriores, Franco Frattini, disse que a Corte deu um "golpe mortal em uma Europa de valores e direitos", acrescentando que isso é um mau precedente para outros países.
A Itália é uma das nações com população mais católica no mundo. Mais de 96% dos cristãos do país – que chegam a 80% da população – se definem católicos. A exposição de crucifixos em escolas se tornou obrigatória com duas leis datadas de 1920 – mas, desde 1984, quando o catolicismo deixou de ser a religião oficial, têm sido cumpridas com menos rigor.

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De tempos em tempos aparecem no mundo pensadores liberais, iluminados, comunistas, feministas e etc, sempre tentando acabar com o Cristo e com sua Igreja. Os Católicos têm que ter ciência do que aconteceu e acontece, precisão se engajar mais e entender que existe no mundo uma luta ferrenha do Bem contra o Mal, de Jesus contra o Diabo, da Igreja contra seus opressores, dos Valores Cristãos contra os DesValores dos Bárbaros de outrora.
A Igreja valoriza a vida, o amor, a família, o respeito, a tolerância, mas temos visto em contra proposta a ela uma catequese de violência, de morte, de desrespeito ao próximo, de abuso a menores, de defesa ao vale tudo dos casais... Está na hora de acordar e defender os nossos princípios, os nossos valores, a nossa fé. Que Deus nos abençoe.
Felipe