quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Europa trocou crucifixos por abóboras, diz Cardeal Bertone

"Uma verdadeira perda". Assim o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone, considera a decisão do tribunal Europeu de Direitos do Homem, publicada na terça-feira, 3, que exige a retirada dos crucifixos nas escolas da Itália. O cardeal lamentou que a Europa troque seus "símbolos mais queridos" pelas "abóboras" do Halloween.
A decisão do Tribunal Europeu define a presença do crucifixo nas escolas como uma violação da liberdade religiosa dos alunos e como contrária ao direito dos pais de educarem os filhos segundo as suas convicções.
Após ter manifestado o seu descontentamento pela iniciativa do governo italiano, que anunciou recurso contra a decisão, o Secretário de Estado do Vaticano sublinhou que o crucifixo é "símbolo do amor universal, não de exclusão, mas de acolhimento". "Pergunto-me se esta sentença é sinal de razoabilidade ou não", indagou.
E concluiu exortando que "devemos procurar conservar, com todas as nossas forças, os sinais da nossa fé, para quem crê e para quem não crê".
Na sua edição desta quinta-feira, 5, do "L'Osservatore Romano", além das declarações do Cardeal Bertone, apresenta um artigo sobre a decisão do Tribunal de Estrasburgo, considerando que a mesma não reconhece "a importância do papel das religiões na construção da identidade europeia e na afirmação da centralidade do homem na sociedade".
"A decisão dos juízes de Estrasburgo, por outro lado, parece inspirada numa ideia de laicidade do Estado que leva a marginalizar o contributo das religiões na vida pública", acrescenta o artigo do jornal do Vaticano.

"Surpreende que uma corte europeia intervenha de um modo tão profundo em uma matéria fundamentalmente ligada à identidade histórica, cultural e espiritual do povo italiano", continuou o representante da Santa Sé, acrescentando que "não é por este caminho que se atrai a amar e compartilhar mais a ideia europeia, que como católicos italianos, defendemos firmemente desde as suas origens. A religião da uma contribuição preciosa à formação e ao crescimento moral das pessoas, e é um componente essencial da nossa civilização", completou.
Entretanto, o governo italiano informou que vai recorrer da decisão. A ministra da Educação, Mariastella Gelmini, alegou que o crucifixo é um símbolo da tradição do país: "Ninguém quer impor a religião católica, muito menos com o crucifixo".
O ministro de Relações Exteriores, Franco Frattini, disse que a Corte deu um "golpe mortal em uma Europa de valores e direitos", acrescentando que isso é um mau precedente para outros países.
A Itália é uma das nações com população mais católica no mundo. Mais de 96% dos cristãos do país – que chegam a 80% da população – se definem católicos. A exposição de crucifixos em escolas se tornou obrigatória com duas leis datadas de 1920 – mas, desde 1984, quando o catolicismo deixou de ser a religião oficial, têm sido cumpridas com menos rigor.

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De tempos em tempos aparecem no mundo pensadores liberais, iluminados, comunistas, feministas e etc, sempre tentando acabar com o Cristo e com sua Igreja. Os Católicos têm que ter ciência do que aconteceu e acontece, precisão se engajar mais e entender que existe no mundo uma luta ferrenha do Bem contra o Mal, de Jesus contra o Diabo, da Igreja contra seus opressores, dos Valores Cristãos contra os DesValores dos Bárbaros de outrora.
A Igreja valoriza a vida, o amor, a família, o respeito, a tolerância, mas temos visto em contra proposta a ela uma catequese de violência, de morte, de desrespeito ao próximo, de abuso a menores, de defesa ao vale tudo dos casais... Está na hora de acordar e defender os nossos princípios, os nossos valores, a nossa fé. Que Deus nos abençoe.
Felipe

Um comentário:

  1. Oi Felipe,

    É a Nova Era em ação. Veja que a medida partiu não de um tribunal italiano, mas do Tribunal Europeu. Nada é por acaso, existe uma ação orquestrada e que tenta em diversos países fazer o mesmo. Com o pretexto de "liberdade de expressão" se proíbe a expressão da fé católica.
    Nós temos que rezar e não compactuar com essas idéias. As religiões incentivadas pela Nova Era "disfarçam" suas práticas religiosas, de modo que nós católicos às vezes participamos de atos de outras religiões sem sabermos que o são. Exemplo a ioga. A ioga não é só um exercício físico, tem todo um lado espiritual ligado a ela. Inclusive os mantras, que são cantos religiosos aos deuses indianos. Eu li a tempos atrás que algumas escolas não religiosas estavam propondo ioga para acalmar as crianças e isso não era considerado uma violação a liberdade de expressão dos pais católicos que tem seus filhos matriculados lá. Por que? Porque os católicos aceitam tudo passivamente, enquanto a Nova Era, embora silenciosa, sem se identificar, é extremamente ativa.
    A respeito da Nova Era, indico o livro A Nova Era a Luz da Bíblia, de M. Basilea Shlink.
    Bjs, Angela Isnard

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