segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Aparições da Virgem Maria no Mundo

A Igreja estabeleceu alguns critérios e orientações para a análise de aparições e revelações da Virgem Maria, sendo os mais importantes:1. O conteúdo da revelação não pode estar em contraste com a Sagrada Escritura e com a fé católica;2. A pessoa que diz ser o intermediário da revelação deve ser equilibrada mentalmente;3. A revelação deve produzir bons frutos.

Lista das Aparições

RECONHECIDAS PELA IGREJA

. 1347 Siena, Italia, Santa Catarina
· 1531 Guadalupe, Juan Diego (*)
· 1600 Agreda, Espanha; Santa Maria de Agreda (*)
· 1830 Rue du Bac, França, Catherine Laboure
· 1836 OI of Victories, Paris Padre Genettes
· 1840 Blangy, França, Irmã Justine Bisqueyburu
· 1846 La Salette, França, Melanie Calvat e Maximin Giraud
· 1858 Lourdes, França, Bernadette Soubirous
· 1876 Pellevoisin, França, Estelle Faguette
· 1879 Knock, Irlanda, 15 pessoas
· 1917 Fátima, Portugal, Lucia, Francisco e Jacinta
· 1932 Beauraing, Bélgica, Voisin e Degeimbre
· 1933 Banneaux, Bélgica, Mariette Beco
· 1937 Polónia, Abençoada Faustina
· 1968 Zeitun, Egipto, Milhares de pessoas (aprovada pelo Patriarca da Igreja Ortodoxa)
· 1973 Akita, Japão, Irmã Agnes Sasagawa
. 1980 Cuapa, Nicarágua, Edward Bemardo Martinez

APROVADAS PELO BISPO LOCAL

· 1878 Corato, Itália, Luisa Piccarreta
· 1947 Tre Fontane, Roma, Bruno Cornacchiola
· 1976 Betania, Venezuela, Maria Esperanza (estigmatismo)
· 1981 Kibeho, Ruanda, África, Seis meninas e um menino
· 1982 Damasco, Síria, Mirna Nazour (estigmatismo)
· 1986 Manila, Filipinas, muitos soldados
· 1987 Roma, Sr. Anna

SENDO EXAMINADAS PELA IGREJA

· 1948 Lipa, Filipinas, Noviça Teresita
· 1961 Garabandal, Espanha, quatro meninas
· 1971 Roma, Itália, Marisa Rossi
. 1981 Medjugorge, Bosnia-Herzegovina, seis jovens
· 1985 Cleveland, Ohio USA, Maureen Sweeney
· 1985 Suíça, Vassula Ryden (Aparições de Jesus Cristo)
· 1987 Anguera, Bahia, Brasil, Pedro Regis
· 1988 Phoenix, Arizona USA, Estela Ruiz
· 1989 Marlboro, New Jersey USA, Joseph Januszkiewicz
· 1991 Arkansas & Texas, USA, Cyndi Cain
· 1992 Falmouth, Kentucky USA, Sandy

DESAPROVADA PELA lGREJA

· 1970s Bayside, New York, Veronica Leukin

DESENCORAJADA PELO BISPO

· 1990 Denver, Colorado, Theresa Lopez & Veronica Garcia

SEM PRONUNCIAMENTO OFICIAL DA IGREJA

· 1871 Pontmain, France Eugene e Joseph Barbadette
· 1884 Roma, Itália, Papa Leão XIII
· 1904 Polónia, São Maximilian Kolbe
· 1918 San Giovanni, Itália, Padre Pio
· 1920 Verdun, Quebec, Canadá, Emma Blanche Curotte
· 1920s Millbury, MA USA, Eileen George·
1922 Montreal, Canadá, Georgette Faniel (estigmatismo)
· 1925 Tuy, Espanha, Irmã Lúcia
· 1945 Amesterdão, Holanda, Ida Peerdeman
· 1947 Montichiari, Itália, Pierina Gilli
· 1952 Índia, Frei Louis M. Shouriah, S.J.
· 1954 Seredne, Ucrânia, Anna
· 1954 Ohio, USA, lrmã Mildred Neuzil
· 1964 San Damiano, Itália, Madre Rosa Ouattrini
· 1968 Itália, Madre Carmela Carabelli
· 1970 Rússia, Vladimir Prison e Josyp Terelya
· 1972 Milão, Itália, Frei Stefano Gobbi
· 1974 Ninh Loi, Vietnam, Stephen Ho Ngoc Ahn
· 1980 EI Escorial, Espanha, Amparo Cuevas
· 1983 Austrália, Debra
· 1983 San Nicolas, Argentina Gladys Quiroga de Motta
· 1985 Ballinspittle, Ireanda, duas mulheres O'Mahony
· 1985 Carns Grotto, Irlanda, quatro meninas
· 1985 Oliveto Citra, Itália, crianças e muitos adultos
· 1985 Naju Corea, Julia Kim (estigmatismo)
· 1985 Ohlau, Casimierz Domanski
· 1987 Terra Blanca, México, três crianças
· 1987 Bessbrook, Irelanda, Beulah Lynch e Mark Trenor
· 1987 Ucrânia, Josyp Terelya, Maria Kizyn e milhares de pessoas
· 1987 Inchigeela, Irlanda, Salty Ann e Judy Considine
· 1987 Equador, Patricia (Pachi) Talbott'
· 1987 Conveys, Georgia USA, Nancy Fowler
· 1987 Midwest, USA, Mariamante
· 1988 Cortnadreha, Irlanda, Christine Gallagher
· 1988 Scottdale, Arizona USA, nove jovens e Frei Jack Spaulding
· 1989 Canadá, Zdenko "Jim" Singer
· 1990 Hillside, Illinois USA, Joseph Reinholtz
· 1990 Litmanova, Eslováquia, Ivetka Korcakova e Katka Ceselkova
· 1991 Mozul, Iraque, Dina Basher (estigmatismo)
· 1991 San Bruno, Califórnia USA, Carlos Lopez & Jorge Zavala
· 1992 Enfield, Connecticut USA, Neil Harrington, Jr.
· 1993 Belleville, Illinois USA, Ray Doiron
· 1993 Cincinatti, Ohio USA, Rita Ring
· 1993 New S.Wales, Austrália, Matthew Kelly
· 1994 Emmitsburg, MD USA, Gianna Talone Sullivan
· 19?? Hungria, Irmã Natalie (estigmatismo)
. 19?? Itália, Madre Elena P. Leonardi (estigmatismo)

fonte até 2003

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Os Bárbaros e a Igreja (nos dias de hoje)

Sabemos que o Império caiu nas mãos desses bárbaros, não por causa da superioridade deles, mas porque Roma estava podre em seus costumes. Os historiadores modernos como Pierre Chaunu, PhD da Sorbonne, afirmam que o grande Império desabou por causa do drástico controle da natalidade e do número de abortos, que obrigou a entrada dos bárbaros nos serviços e nos exércitos romanos, onde foram subindo.
O Ocidente só não permaneceu neste estado selvagem porque a Igreja Católica soube preservar a cultura nos mosteiros de São Bento, e os bispos assumiram a liderança do mundo ocidental. Aos poucos a Igreja foi convertendo os bárbaros ao cristianismo e resgatando a civilização que temos hoje. Foi um longo trabalho de seis séculos. Os valores do verdadeiro humanismo foram implantados no Ocidente: a liberdade civil e religiosa, o respeito para com a mulher, a dignidade do casamento, o respeito pela vida humana, o valor da cultura, da ciência e das artes, da música, da arquitetura, da medicina, etc.
No entanto, o mundo hoje vive às portas de uma nova barbárie; não mais pelas armas e cavalos de Àtica e Genserico, nem pela selvageria dos francos, ostrogodos ou visigodos, mas por uma nova decadência moral que avança como uma mancha de óleo no oceano, contaminando as mentes e os corações, e derrubando as muralhas da Civilização.
A raiz dessa nova barbárie está na negação e no abandono do Cristianismo que moldou a Civilização Ocidental. Especialmente hoje a Europa “cospe no prato que lhe deu de comer”, que a embalou e nutriu: a Igreja Católica e os valores que ela colocou no coração do Ocidente. João Paulo II carregou esta tristeza para o túmulo. A palavra da Igreja hoje tem quase o mesmo valor para os governantes como o latido de um cão diante de uma carruagem que passa.
Na Inglaterra o Sr. Blair obriga às instituições da Igreja que cuida de órfãos, a entregarem essas crianças à adoção de “casais” de homossexuais, “para o bem das crianças”. Ora, não é preciso ser doutor em psicologia para saber que isto é o mal para as crianças e não o bem; e além de tudo significa a destruição da família verdadeira, berço e célula mãe da sociedade. As instituições da Igreja certamente vão ter de fechar as portas. Onde está a liberdade religiosa e a objeção de consciência? A cada dia mais países aprovam, juridicamente, o casamento de homossexuais, como se Deus não tivesse feito o homem e a mulher tão diferentes e complementares. Destrói-se vergonhosamente a instituição que sustentou o mundo até aqui.
A eutanásia começa a ser aprovada em vários países, e cresce a pressão para que outros a aprovem.
Os embriões, vidas humanas, são tratados como “coisa” descartável, objeto de lucro das clínicas de fertilização. A vida humana é coisificada cada vez mais, como se não fosse imagem e semelhança do Criador e portadora de uma alma imortal. Os escândalos da Proveta se multiplicam a cada passo e já é assustador o número de jovens que não conhecem seus pais e nem a sua origem; porque foram gerados por um sêmen doado por um anônimo.
O aborto, a mais violenta agressão que pode haver há um ser humano indefeso, porque é praticado com o consentimento da própria mãe, já é legalizado em quase todos os países da Europa e em muitos outros.
Os Euro-deputado criticaram o “atraso” de Portugal, Polônia e Irlanda, porque ainda não aprovaram o aborto, classificando o fato de “vergonha” para esses países, quando 27 nações européias “modernas” já o legalizaram. Disseram esses euro-deputados que nesses países “a mulher é tratada com dignidade e com decência” (Diário Digital, Lusa, 29 jan 2007; 11;12:25).
Que tipo de humanismo é este que sacrifica a vida humana no ventre da mãe – antes o lugar mais seguro para viver? Que civilização é esta que cultiva a morte e incentiva o suicídio, controla drasticamente a natalidade como se a vida fosse uma maldição?Que civilização moderna é esta onde os velhos fogem dos asilos da Holanda para os da Alemanha com medo de serem eutanasiados? Que civilização é esta que ensina os jovens a viverem o sexo sem responsabilidade, como se fossem animais irracionais, e lhes dá como “segurança” uma abjeta camisinha?
Que humanismo é este que distribui aos jovens uma “pílula do dia seguinte” que é uma bomba hormonal no organismo desta jovem provocando hemorragias, aborto, e tantas outras maldades?
Que humanismo é este onde os filhos já não sabem mais quem são seus pais, e já não têm mais família, porque foram gerados por doadores de sêmen anônimos?
Não, isto não é uma Civilização, e isto não é humanismo; é a volta da Barbárie, uma Barbárie moderna, muito pior do que aquela que tomou o grande Império. Aquela foi conquistada e civilizada pelo amor de Deus e do Evangelho, pelos monges, bispos e missionários que deram a sua vida por eles; mas será que isto será possível com esses novos bárbaros do século XXI. Será muito mais difícil. Jesus já havia perguntado: “Quando o Filho do Homem voltar achará ainda fé neste mundo”?
Aos verdadeiros cristãos resta dizer que “os caminhos do bem e do mal já estão separados”, e que, portanto, chegou a hora de escolhermos o caminho a seguir; ninguém mais pode ficar no meio, pois o bem se separou do mal. Para onde vamos? Jesus nos alertou que quem se envergonhar Dele e do Evangelho e o negar diante dos homens, Ele o negaria também diante do seu Pai. É inegável que estamos como Roma antiga, às portas de uma derrocada da Civilização nos mãos dos novos bárbaros. E o que mais nos assusta é o “silencio dos bons” como disse Luther King, apáticos e amedrontados diante do mal que avança.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Igreja e o Ocidente

Em 473 d.C. com a queda do Império Romano, o mundo Ocidental ficou entregue aos bárbaros, povos nômades que não partilhavam da cultura greco-romana (godos, burgúndios, vândalos, visigodos, ostrogodos, francos, germânicos, angros, saxões, hunos, etc), que por situações diversas começaram migrações, conquistas, invasões, tornando a Europa um mosaico de povos por cerca de 6 séculos.
As invasões bárbaras que ocorreram entre os anos 300 e 1.000 d.C. a partir da Europa Central e que se estendeu a todo o Continente foi um fenômeno muito diversificado com motivos incertos: talvez como reação aos ataques dos Hunos vindos da China sobre eles, as pressões populacionais ou até mesmo alterações climáticas.
Esses povos invadiram o Império Romano como uma avalanche, destruindo a civilização e implantando o regime da força contra o da lei, era a barbárie. O ocidente europeu foi estraçalhado física e moralmente por muitos grupos bárbaros que disputavam os espaços. A Igreja Católica foi a única instituição a ficar de pé e foi fundamental para dar uma cara ao mundo Ocidental que temos hoje.

A Igreja, através dos seus bispos e missionários, dedicou-se à ação evangelizadora desses povos para converter em verdadeiros cristãos aqueles que haviam abraçado a fé superficialmente. A obra missionária foi favorecida pelo conteúdo da mensagem evangélica: “Deus é Amor”; “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós”; “Ama o teu próximo como a ti mesmo”.

Foi fácil? Não! O Papa São Leão Magno (440-461) foi ao encontro de Átila, rei dos Hunos, persuadindo-o a não destruir Roma e matar seus habitantes. Surgiram entre os Bispos muitos defensores das populações, que tinham que assumir não somente a pregação do Evangelho, mas também a administração dos bens de sua Comunidade, o contato com os bárbaros, a proteção e a alimentação das populações carentes. Daí já é possível começar a entender porque a Igreja liderou o Ocidente, por tanto tempo.

Continua...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Nossa Senhora das Dores

Nossa Senhora das Dores - 15 de Setembro

Por Prof. Felipe Aquino (Com. Canção Nova)

Nossa Senhora das Dores recebe no colo o filho morto apenas tirado da cruz. Maria está de pé aos pés da Cruz. É o momento culminante da Redenção.
Cristo sofreu a Paixão; Maria sofreu a compaixão.

“Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa”. (Jo 19,25-27)

É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do Corpo místico de Cristo, a Igreja, nascido da Cruz. Nós somos nascidos enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria.

“Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma”. (Lc 2, 34-35)

“Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Como mãe, Maria assume implicitamente os sofrimentos de Cristo, em cada momento de sua vida. A Pietá de Michelangelo exprime toda a dor da Mãe.

As sete dores de Maria

A devoção, que precede esta celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores de Maria narrados pelo Evangelho:
1 - a profecia do velho Simeão;
2 - a fuga para o Egito;
3 - a perda de Jesus em Jerusalém;
4 - o caminho de Jesus para o Gólgata;
5 - a crucificação e morte de Jesus;
6 - a deposição da cruz;
7 - a sepultura.

O martírio de Maria é o martírio do Redentor. Desde o século XV encontramos as primeiras celebrações litúrgicas sobre a compaixão de Maria aos pés da cruz, colocada no tempo da Paixão ou logo após as festividades pascais.

Em 1667 a Ordem dos Servitas, inteiramente dedicada à devoção de Nossa Senhora (os sete santos Fundadores no século XIII tinham instituído a “Companhia de Maria Dolorosa”) obteve a aprovação de celebração litúrgica das sete Dores da Virgem, que durante o pontificado de Pio VII foi acolhida no calendário romano e lembrada no terceiro domingo de setembro.

Pio X fixou a data definitiva de 15 de setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa para uma “memória”: não mais Sete Dores de Maria, mas Virgem Maria Dolorosa.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Deus é Amor!

Fico pensando porque as pessoas têm tanta dificuldade de aceitar a Jesus Cristo, de ir a Igreja pelo menos aos domingos para agradecer, escutar a palavra, silenciar o coração e orar.
As pesquisas indicam que a fé tem um monte de benefícios na vida do ser humano, na recuperação de doenças, na construção de uma vida e de uma família (em relação aos que não acreditam em nada, não tem esperança). A oração ajuda na mansidão do coração e da alma. Por que: “Deus é Amor”!

Jesus nos fez este convite: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós”, é um convite à comunhão perfeita no amor.

As pessoas querem, ou deveriam querer, constituir um dia suas famílias. No entanto, sem os valores de Cristo, sem o amor que Ele nos ensinou fica praticamente impossível que esta união se mantenha. O que no início começa com paixão, acaba em ódio e em mágoas.
Nós estamos cansados de ver por aí casais que não se respeitam, são egoístas nas suas individualidades, consumidores de um capitalismo selvagem. Nós somos quase que programados, formados por uma mídia sem valor. Quanto tempo se perde na enfrente de uma TV? E não temos ao menos uma hora na semana para a comunhão com aquele que é responsável pelos valores que temos na sociedade de hoje.

Que tipo de Cristão é você? Eu outro dia morri de rir com um Padre chamado Fabrício (da Comunidade Canção Nova). Ele fez esta pergunta, depois seguiu: você é daqueles que não vai a missa, que acha que rezar em casa está bom, que não vê necessidade de confessar, de se envolver na comunidade, um cristão não praticando? Entendi: "Você é um Cristão Frouxo"! Foi uma risada só e ele estava certo...

As pessoas hoje querem facilidade em tudo, não querem se envolver em coisas sérias e preferem o “tô nem aí”, mas como construir uma comunidade, uma família sem a Igreja, sem os valores que construíram nossa sociedade Ocidental. Se eu não estou nem aí, vai tudo por água abaixo. É isto que você quer? Então comece a dar um passo na fé! Precisamos por a mão na massa e acabar com o “tô nem aí”. Que Deus nos abençoe!!!

Em 473 d.C. com a queda do Império Romano, o mundo Ocidental ficou entregue aos bárbaros, povos nômades (Godos, visigodos, ostrogodos, francos, germânicos, angros, saxões, hunos, etc). E a Igreja Católica foi fundamental para dar uma cara ao mundo Ocidental que temos hoje... continuo amanhã...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O Milagre do Fogo Santo

O milagre do Fogo Sagrado é famoso no mundo da Ortodoxia Oriental, acontecendo da mesma forma, no mesmo lugar, todos os anos ao longo dos séculos. Nenhum outro milagre é tão regular e constante ao longo do tempo. Acontece no Santo Sepulcro na Igreja da Ressurreição, em Jerusalém, um lugar santo na terra, onde Cristo foi crucificado, sepultado, e onde Ele finalmente ressuscitou. Ocorre no dia da Páscoa Ortodoxa, cuja data é determinada a cada novo ano, pois deve ser no primeiro domingo após o equinócio da Primavera e após a Páscoa Judaica. Portanto, na maioria das vezes difere da data da Páscoa Latina, que é determinada através de diferentes critérios.

Cerimônia do Fogo Santo

A fim de permanecer perto do Santo Sepulcro, peregrinos acampam a seu lado. O Sepulcro está localizado na pequena capela chamada “Santo Ciborium”, no interior da Igreja da Ressurreição. Normalmente eles esperam a partir da tarde da Sexta-feira Santa, pois o milagre ocorre no Sábado Santo. A partir das 11:00 da manhã os peregrinos e os cristãos orientais cantam hinos tradicionais em voz alta. Estes cânticos são da época da ocupação otomana de Jerusalém, no século XIII, um período em que os cristãos não eram autorizados a cantá-los em qualquer lugar, apenas nas igrejas. “Nós somos cristãos, temos sido cristãos por séculos, e seremos para todo o sempre. Amém.” Eles cantam ao som de tambores. Os percussionistas ficam sobre os ombros uns dos outros, e dançam em torno do Santo Ciborium. Às 13hs os cânticos silenciam. “Um silêncio tenso, esperando a antecipação da grande demonstração do poder de Deus, para que todos possam ver”.
Pouco depois, uma delegação de autoridades locais abre caminho através da multidão. Na época da ocupação otomana da Palestina eram muçulmanos otomanos, e hoje são israelenses. Sua função é representar os romanos na época de Jesus. Os Evangelhos falam dos romanos que foram para fechar o túmulo de Jesus, para que seus discípulos não fossem roubar seu corpo e afirmassem que ele tinha ressuscitado. Da mesma forma as autoridades israelenses, juntamente com as autoridades das outras Igrejas, se dirigem ao sepulcro na Sexta-Feira Santa, após o Ofício das Exéquias de Cristo, para lacrar o túmulo com cera, colocando cada grupo o seu timbre. Antes disso, porém, apagam todas as lamparinas da igreja, entrando em seguida no local do sepulcro para verificar a existência de qualquer fonte de fogo escondida, o que tornaria o milagre uma fraude.
No dia seguinte (Sábado Santo), antes do início da cerimônia, as autoridades israelenses vão novamente à igreja para romper o lacre e abrir a porta do santo sepulcro, e, antes que o Patriarca ali entre para receber o fogo santo, o revistam, para verificar se ele carrega algo que possa produzir fogo.

Como o Milagre Acontece?

"Eu entro no túmulo e me ajoelho com temor e respeito em frente ao lugar onde os cristãos colocaram o corpo do Senhor depois de sua morte e onde Ele ressurgiu dentre os mortos”, disse o saudoso Patriarca Ortodoxo de Jerusalém Diódoros. “Ali eu digo algumas orações que são proferidas por nós através dos séculos e, tendo-as dito, espero. Às vezes eu espero por alguns minutos, mas normalmente o milagre acontece imediatamente depois de eu ter dito as orações. A partir do centro da grande pedra sobre a qual o corpo de Jesus repousou, é lançada uma luz indefinida. Ela geralmente tem uma tonalidade azul, mas as cores podem variar. Ela não pode ser descrita em termos humanos. A luz nasce da pedra como névoa e aumenta, parecendo um lago - como se a pedra fosse coberta por uma nuvem úmida, mas é luz. A cada ano esta luz se manifesta de forma diferente. Às vezes, abrange apenas a pedra, enquanto outras vezes ilumina todo o sepulcro, de maneira que as pessoas que estão fora do túmulo o vejam cheio de luz. A luz não queima - eu nunca tive a minha barba queimada durante os dezesseis anos que sou Patriarca de Jerusalém e de ter recebido o Fogo Sagrado. A luz é de uma consistência diferente do fogo normal que arde em uma lamparina de azeite. Em um momento, a luz aumenta e forma uma coluna, na qual o fogo é de uma natureza diferente, e posso acender minhas velas nele. Quando recebo a chama nas velas que trago nas mãos, saio e passo o fogo santo primeiro ao Patriarca Armênio, e depois para o Patriarca Copta. Depois passo a sagrada chama a todas as pessoas presentes na Igreja."
O Fogo Santo não é apenas distribuído pelo Arcebispo, mas também opera por si só. É emitido a partir do Santo Sepulcro com uma tonalidade completamente diferente da luz natural. É brilhante, pisca como relâmpago, como uma pomba que voa em torno do tabernáculo do Santo Sepulcro e acende sozinha a lamparina apagada de azeite pendurada em sua frente. O fogo gira de um lado da igreja para o outro. Ele adentra em algumas das capelas no interior da igreja, como, por exemplo, a Capela do Calvário (localizada um nível acima do Santo Sepulcro) e acende as lamparinas. Ele também acende as velas de alguns peregrinos. Na verdade, existem alguns peregrinos piedosos que, cada vez que participaram nesta cerimônia, notaram que suas velas acenderam sozinhas! Essa luz divina também apresenta algumas peculiaridades, pois parece ter uma tonalidade azulada e não queima. Por trinta e três minutos, desde sua manifestação, se o fogo sagrado tocar a face, ou a boca, ou mesmo as mãos dos peregrinos, não queima. Esta é a prova de sua origem divina e sobrenatural. E o fogo sagrado aparece apenas pela invocação de um Arcebispo Ortodoxo, e somente na Páscoa Ortodoxa.

Há Quanto Tempo Ocorre o Milagre?

O primeiro registro conhecido sobre o Fogo Sagrado é datado do século IV, mas autores escreveram que esses acontecimentos se deram já no século I. São João Damasceno e São Gregório de Nissa narram o modo como o Apóstolo Pedro viu o Fogo Sagrado no Santo Sepulcro de Cristo depois da ressurreição. "Podemos traçar o milagre através dos séculos em muitos relatos da Terra Santa." O abade russo Daniel, em seu relato, escrito entre os anos 1.106-1.107, apresenta o "Milagre da Santa Luz", e explica detalhadamente a cerimônia em que o mesmo ocorre. Ele recorda a forma como o Patriarca vai para a capela-Sepulcro (Anastasis –“Ressurreição”), com velas nas mãos. O Patriarca se ajoelha na frente da pedra sobre a qual Cristo foi colocado após a sua morte, e faz algumas orações, ao mesmo tempo o milagre acontece. A luz surge do meio da pedra - uma luz azul, luz indefinível que, após algum tempo, acende as lamparinas de azeite, bem como as duas velas que o Patriarca traz consigo. Esta luz é "o Fogo Sagrado", que é passado a todas as pessoas presentes na Igreja. A cerimônia do "Milagre do Fogo Sagrado" pode ser a mais antiga cerimônia cristã no mundo, uma vez que, como já foi dito, ele é registrado a partir do quarto século d.C., até os nossos dias. A partir destas fontes torna-se evidente que o milagre foi celebrado no mesmo local, na mesma festa, e no mesmo tempo litúrgico em todos estes séculos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Livros Sapienciais

Os Livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento são: Jó, Salmos, Cânticos, Provérbios, Eclesiástico, Eclesiastes e Sabedoria. Foram escritos, em sua maioria, em linguagem poética, fazendo uso de metáforas, e têm um caráter de ensinamento sobre a Sabedoria. O Livro de Eclesiástico e Sabedoria, não está na Bíblia Protestante, somente na Bíblia Católica. Os livros sapienciais é onde estão revelados os mistérios de Jesus e de sua vinda.

O livro de Jó, por exmplo, o personagem representa o homem da terra, o pobre, o trabalhador, são pessoas que até os dias de hoje são roubadas na sua identidade, na sua forma de ser e no seu direito de viver. O livro a princípio quer passar que o homem sofre porque Deus quer, porque fez algo para merecer tal sofrimento, quer justificar que para a miséria não há solução. Mas o mesmo livro é aberto e revela toda a tentação e a luta do homem contra o mal, que não é Deus, pois este é bom, justo e misericordioso, mas sim seus opressores, que muitas vezes como Eliú se esconde como lobo em pele de cordeiro fazendo discursos com postura fervorosa para enganar o seu irmão simples que tem fé e acredita na prece (Jó 36,2 e 37,24). Enquanto muitos, os governantes, querem o povo passivo, temos a reflexão de um texto literário que mostra a luta do homem contra esta opressão, um homem que as vezes no desespero vê na morte o único caminho de liberdade. Esta é a luta do povo hoje, um povo sofrido, cansado de ser enganado, roubado pelos governantes. Políticos que se escondem muitas vezes atrás da palavra de Deus, que se faz de amigo, que quer mostrar outro Deus, uma política, uma religião de retribuição. E a reflexão de Jó nos diz: Não!!! Não vamos ficar calados, não vamos compactuar com isto, chega, basta, vamos a luta, vamos fazer o que é certo, vamos mudar os rumos, pois a miséria tem solução sim.

O livro dos provérbios, é a literatura do povo, é aquilo que o povo vê repetidamente e torna algo presente. Eles pertencem ao gênero literário universal e podemos dizer que permanecem no tempo. Nos provérbios podemos encontrar expressões de sabedoria diversa e de povos diversos. Alguns têm um cunho familiar e de conselho no comportamento social e na experiência de vida, outros de cunho popular, profano, mas há também provérbios que tem caráter profético (Prov 10,1 e 20,23).

terça-feira, 1 de setembro de 2009

De Ana a Maria (Sant`Ana)

Santa Ana

Os dados biográficos que sabemos sobre os pais de Maria foram legados pelo Proto-Evangelho de Tiago, obra citada em diversos estudos dos padres da Igreja Oriental, como Epifânio e Gregório de Nissa. Sant'Ana, cujo nome em hebraico significa graça, pertencia à família do sacerdote Aarão e seu marido, São Joaquim, pertencia à família real de Davi. Seu marido, São Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Sant’Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Jesus. Eram residentes em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se ergue a Basílica de Santana; e aí, num sábado, 8 de setembro do ano 20 a.C., nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao Templo de Jerusalém aos três anos, tendo lá permanecido até os doze anos.

A devoção aos pais de Maria é muito antiga no Oriente, onde foram cultuados desde os primeiros séculos de nossa era, atingindo sua plenitude no século VI. Já no ocidente, o culto de Santana remonta ao século VIII, quando, no ano de710, suas relíquias foram levadas da Terra Santa para Constantinopla, donde foram distribuídas para muitas igrejas do ocidente, estando a maior delas na igreja de Sant’Ana, em Duren e Renânia (Alemanha). Seu culto foi tornando-se muito popular na Idade Média, especialmente na Alemanha. Em 1378, o Papa Urbano IV oficializou seu culto . Em 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant’Ana em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII a estendeu para toda a Igreja, em 1879. Na França, o culto da Mãe de Maria teve um impulso extraordinário depois das aparições da santa em Auray (França), em 1623.

Tendo sido São Joaquim comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de Sant’Ana, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de Julho, a celebração dos pais de Maria Santíssima.