quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A direção de Deus, problemas até entre os apóstolos.

O capítulo 15 de Atos dos Apóstolos começa com a conferência em Jerusalém dos apóstolos e anciãos que se reuniram para decidir se os cristãos provindos do paganismo eram obrigados a seguir a Lei. Concordaram então sobre certas restrições que os cristãos gentios deviam observar para não ofender os cristãos judeus, Paulo propôs uma volta às igrejas que ele e Barnabé tinham fundado, para transmitirem a decisão do conselho e verem como as igrejas estavam indo. Barnabé quis levar com eles João Marcos, mas Paulo não concordou. (cf. At 15,36-38)
Se voltarmos a Atos 13,13, descobrimos que numa viagem missionária anterior, João Marcos, aparentemente sem a aprovação de Paulo, desertou da equipe e voltou a Jerusalém. Embora nenhuma declaração crítica seja feita sobre seu abandono na época, quando Barnabé sugeriu que tomassem Marcos junto nessa viagem, Paulo disse, com efeito: "Não, ele nos abandonou antes, e não vou levar um desertor conosco desta vez." O resultado foi uma discussão azeda. (cf. At 15,39-40)
É bonita a franqueza da Sagrada Escritura. "A discordância se agravou a tal ponto que eles partiram cada qual para seu lado".
É muito encorajador, acho eu, quando a Bíblia revela as limitações dos líderes da Igreja Primitiva. São homens admiráveis e não há porque diminuí-los, mas agradeçamos a Deus a honestidade da Sagrada Escritura em mostrar-nos que eles também tiveram os seus problemas. Que Deus os tenha usado poderosamente apesar de tudo, dá-nos coragem, porque significa que Deus pode nos usar também, apesar de nossos problemas.
Paulo e Silas saíram na viagem e observem também que até este ponto não há nada de super espiritual na viagem deles. Nenhuma voz de Deus trovejando, nenhuma revelação detalhada do "Plano Piloto" de Deus. Paulo simplesmente sugeriu: "Vamos visitar as igrejas", e ele e Silas se puseram a caminho. Este foi o primeiro princípio.

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